sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Portocarreiro

A história dos Portocarreiro, parece ter-se iniciado em Portugal pela mão de:

Raimundo Garcia de Portocarreiro (1100 -?) ou Reimão Garcia de Portocarreiro ou ainda Ramon Garcia de Portocarrero foi um Fidalgo de origem galega que passou a Portugal com o Conde D. Henrique. Raimundo Garcia de Portocarreiro é o fundador da família Portocarreiro em Portugal.

Deste Raimundo Garcia de Portocarreiro descende uma linhagem tida como das ilustres de Portugal, foi agraciada pelo conde de Portugal D. Henrique de Borgonha que lhe fez a doação do couto de Portocarreiro. Foi deste extenso senhorio que D. Raimundo tomou o nome de Portocarreiro. Segundo o Historiadores este D. Raimundo era irmão de D. Monio Garcia (de Portocarreiro), que surge documentado como senhor da “quintã de Vilar”, quinta este que integrava a honra de Portocarreiro.

Essa propredade de Vilar foi herdade pela descendência de D. Raimundo, pelo que tudo leva a crer que o irmão não teve filhos.

Segundo a história eram filhos de D. Garcia Afonso e de D. Estevaínha Mendes, fidalgos asturianos. Este D. Garcia, era filho de D. Afonso Garcia, de outro D. Garcia Afonso, sendo que a este o rei D. Ordonho III de Leão vem chamar de primo numa doação que faz à Igreja de Santiago de Compostela no ano de 954.

Entre os anos de 1129 e 1153, D. Raimundo Garcia de Portocarreiro aparece bem documentado e a fazer a confirmação de muitos documentos régios. Aparece também a fazer parte como membro do conselho que então governava Portugal, onde é indicado como sendo de illos infançones qui erant in Porttucale.

Aparece também em documentação relacionada com uma questão levada a julgamento na cidade de Coimbra, corria o ano de 1153, questão esta sobre o Mosteiro de São Martinho de Soalhães, onde se reuniram como partes intervenientes D. Fernão Peres Cativo, D. Gonçalo Mendes de Sousa, o arcebispo da cidade de Braga, o bispo da cidade do Porto, o bispo da cidade de Lamego e o bispo da cidade de Viseu, além dos infanções D. Gonçalo Gonçalves, D. Raimundo Garcia de Portocarreiro, D. Sarracino Mendes Espina e por fim D. Gosendo Moniz.


Mencionando apenas a sua relevância na Ordo Christo, os Portocarreiro foram valorosos Cavaleiros, e intervenientes directos na Epopeia dos Descobrimentos.
De tal forma a sua importância, que têm ainda hoje uma capela no Convento de Cristo, inserida no Claustro do Cemitério

2 comentários:

simon disse...

Boa noite. É verdade que os PortoCarrero têm capela no Claustro do Cemitério mas graças aos Filipes. O normativo proibe enterramentos de "civis" no Convento de Cristo. Só aos cavaleiros era reservado tal privilégio e mesmo assim, em 1623 tal já não era procedimento corrente. Mas mesmo que não fossem lá inumados estava proibido aos leigos a sua inumação. Muito obrigado.

Sigillum disse...

Bom dia.
A família Portocarreiro nunca foi "civil".
A sua Capela ainda hoje existe no Claustro do Cemitério, apesar e independentemente de todas as vicissitudes pelas quais o conjunto monumental tem passado.

Não tem do quê.

Cumprimentos