quarta-feira, 27 de julho de 2011

Freixo de Espada-à-Cinta

Raízes.

Freixo, símbolo de fecundidade e protecção.

Terra antiga de séculos, Freixo de Espada à Cinta é rico em histórias que os mais velhos contam com gosto nas noites longas e gélidas do Inverno, aquecidas por uma boa lareira, e que consagradas pela perseverança das gentes freixenistas se passam de geração em geração.

Origem do nome de Freixo de Espada à Cinta

São muitas as versões e as lendas sobre a origem do topónimo Freixo de Espada à Cinta. De todas elas se deduz algo em comum: uma Espada na Cinta de um Freixo. Não há dúvida de que a palavra Freixo é a designação de uma árvore, que deriva da palavra latina “Fraxinus”, e quanto ao resto entramos no domínio das lendas e do fantástico que à força de se repetirem durante tanto tempo guardamo-las como verdades quase indesmentíveis.
São as seguintes versões que de alguma forma tentam explicar a origem deste topónimo:

Uma das lendas reza que esta vila foi fundada por um fidalgo de apelido “Feijão”, falecido em 977, primo de S. Rosendo, e como por armas no seu brasão figurariam um freixo com uma espada cintada, a vila tomou daí o seu nome.
Outra refere ter sido um nobre godo chamado «Espadacinta» que após uma batalha com os árabes nas margens do Douro e chegado a este lugar se sentou a descansar à sombra de um enorme freixo, onde pendurou a sua espada, perpetuando-se o nome à povoação que um pouco mais tarde se começou a formar: Freixo de Espadacinta.
Dizem ainda que El Rei D. Dinis, estando muito fatigado das guerras que mantinha com o seu filho bastardo, Afonso Sanches, e de passagem por esta terra se deitou a descansar à sombra de um freixo, onde cravou o seu cinturão com a majestosa espada. Adormecendo e embalado pela brisa suave que batia nas folhas da possante árvore sonhou que o espírito do freixo lhe traçava as directrizes mais sábias e correctas para o futuro do reino de Portugal. Quando o rei acordou deste revigorante descanso, decretou que a vila se passasse a chamar Freixo de Espada à Cinta.
O que é certo é que ainda hoje junto à Igreja Matriz e torre heptagonal que nos ficou do extinto castelo medieval, existe um velho freixo venerado e estimado pelo povo, por o considerar o mesmo destas lendas.

(fonte: C. M. de Freixo de Espada à Cinta)

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